Como no filme Matrix, o futuro parece cheio de energia para as máquinas. Pelo menos se forem virtual machines (VMs) e se estiverem corretas as previsões da consultoria Gartner. Em um estudo publicado no final do ano passado, as previsões eram de que o mercado mundial vai chegar a US$4,2 bilhões em 2013.
Estão embutidos nesse cálculo a infraestrutura de software de virtualização (baseada na plataforma x86), a virtualização de servidores e o nicho de software HVD (Hosted Virtual Desktop). Neste ano, se as projeções se confirmarem, a movimentação será de US$ 2,1 bilhões (veja tabela de crescimento abaixo).
Evolução do Mercado de Virtualização (em milhões)
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2008
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2009
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2010
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2011
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2012
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2013
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Gerenciamenteo de
Virtualização de Servidores
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901,6
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1047,8
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1390,4
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1891,3
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2539,2
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3304,0
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Infraestrutura de
Virtualização de servidores
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843,5
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717,8
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559,2
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391,6
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246,8
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143,2
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HVD
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37,8
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79,8
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152,1
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301,1
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503,8
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795,6
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Total
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1.782,90
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1.844,40
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2.101,70
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2.584,00
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3.289,80
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4.242,80
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Fonte: Gartner (novembro 2009)
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Os mantras para esse crescimento são repetidos por todos os gerentes e executivos da área: consolidação, promessa de redução de custo e vantagens de gerenciamento. Até a Microsoft resolveu engrossar o coro.
“Os ambientes virtuais vieram para ficar”, diz Antonio Moraes, gerente-geral da divisão de servidores da Microsoft Brasil. “A tendência aponta para a cloud computing e estamos empenhados em oferecer o que o mercado exige”.
Se a detentora da maior base instalada de PCs reconhece que o “futuro é virtualizado”, não sobra muito á o que discutir. A empresa chefiada por Steve Balmer luta com empenho para recuperar o tempo perdido, durante o qual a VMware avançou e alcançou a liderança do mercado.
Na tentativa de contra-ataque, no dia 19/03, a Microsoft simplificou uma estratégia de licenciamento que praticava. Os clientes deixarão de pagar, a partir de 01/06, licenças separadas para acessar o servidor dentro de um ambiente VDI (virtual desktop infrastructure). No Brasil, o processo em voga é o de “evangelização” do mercado. Para isso, a software house promove road shows em sete cidades brasileiras.
A Intel também vê chances de vendas para clientes em vários estágios da virtualização. A Virtualização 1.0 (buscada por cerca de 60% a 70% da demanda brasileira) vem atrás de argumentos como a redução de custos, economia do espaço físico e uma conta de luz mais baixa. “Há uma outra demanda, que podemos chamar de Virtualização 2.0, em que o apelo é a eficiência e a flexibilidade”, explica Marcel Saraiva, gerente de desenvolvimento de mercado da Intel Brasil.
Segundo ele, essa demanda representaria cerca de 20% a 35% dos clientes. Haveria ainda um raro tipo de adopter, aquele que estaria em busca da chamada Virtualização 3.0.
As palavras-chave, nesse caso, são “recursos infinitos” e “cloud computing”. No Brasil, o número desse tipo de demanda nem beira os 5%. A fabricante de processadores e fornecedora de soluções para servidores aposta na tendência de crescimento dos negócios apontados pelos institutos de pesquisa. A virtualização será um dos motes da chamada “Revolução Silenciosa”, estratégia de marketing da Intel, cujos anúncios serão feitos ao mercado corporativo a partir do dia 31/03, em um evento especialmente planejado para isso.
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